a melhor forma de retomar (para voltar a dizer adeus).

"eras a minha miúda, o teu apoio era sempre importante."

i love me, goodbye.

há coisas que fazem sentido em determinadas alturas e é por isso que se começam e se mantém.
há outras, por diversos motivos, deixam de fazer sentido, no preciso momento em que precisa de haver um corte.
poderia falar sobre tudo o que se passou nestes meses e meses desde que isto começou, as coisas que ficaram por dizer e até as que (sinto) disse a mais, mas a verdade é que me fico por aqui.
há coisas que acabam para dar começo a outras, sempre me disseram.
nem sempre acredito assim tanto nisso, mas isto prova que estou a tentar.
começar de novo.
em qualquer outro lado.
aqui vou eu (de novo).
as mudanças fervilharam cá dentro, mesmo (ou principalmente) por não terem sido reconhecidas e agora preciso de ar.
do meu ar.
encontramo-nos por aí,
o mundo (e a blogoesfera) é grande e em todo o lado se vive.

e-mails que falam de.

corpo.
peso
imagem
música
música
sexo com
música
filmes
celulite
mamas
peso
corpo
cara
maquilhagem
roupa.
corpo.
corpo.
estrias.
música
sexo
música
música.
nós
cus
caras
caras de cus
vida
cara
dicas
beleza
música
música
corpo.
peso.
gordura.
estilo.
roupa.
moda.
sexo.

restos, cacos, pedaços, metades.

"por favor, pára de me procurar ou mandar mensagens ou seja o que for. fartei-me e tu também já devias estar farta de não obter resposta. não há mais nada a dizer."

a girl called eddy.

" 'Cause I'm lonely like only the broken can know
Aching for love but afraid to show
Lonely like only the broken can be
Breaking my own heart to make you see
See how I miss you.


Boy
If you go looking
For things like in younger days
There won't be an answer
Only love can change your ways."

(adoro) as minhas miúdas.

"Que nunca ninguém te diga o contrário:
és linda, és inteligente, és bem-disposta, és esperta, és doida, és coerente, és educada, és frontal, és honesta, gostas de mentiras piedosas, és boa e és boa como o milho, és inocente (nunca vi tanta perversidade numa só pessoa), és culta (às vezes sai-te cada estupidez), és bondosa (ai quando te sobe a mostarda ao nariz...!), és amiga, és astuta, és engraçada, és cómica...és enfadonha (brincadeira), és paciente, és ouvinte, és sincera, és decidida, és uma romântica incurável, és amiga, és um abraço e um carinho, és um ombro e uma lágrima, és o berro e a gargalhada...
Que nunca ninguém te diga o contrário...adoro-te!"

expressões entre aspas.

tu vais-te foder e não é da maneira que gostas!

sejamos realistas. (certo?)

é só porque é uma boa música.
é só porque soa bem.
porque tem uma letra bonita.
não é porque faz lembrar de mim.
muito menos que me poderia querer dizer.
não é para o caso de procurar e ver tudo como mensagens para faltas de coragem.
não são para mim.
nem voltariam a sê-lo.
são mensagens secretas e privadas para novas pessoas.
são outras novas demonstrações de sentimentos.
são novos sentimentos.
não há assuntos passados, palavras rabiscadas, músicas resgatadas de fundo de baús partidos.
não há pedidos de desculpa, de regresso, de amor eterno.
só bandas que já não dizem nada, porque o tempo e o rancor levou tudo o que ainda podia haver.
"não havendo amor de volta, nada impede a fonte de secar".
e eu sei que estou ainda a procurar muito a fonte, mesmo que seja para me obrigar a aceitar que água só em fontes longínquas e inacessíveis.
portanto, continuemos.
não há mais recordações, fotografias, textos, músicas e mensagens subtis.
talvez as haja noutras novas camas.
mesmo que os nomes sejam os mesmos.
são novos motivos para sair de casa.
mas vá, sejamos realistas,
que se foda.

23-02-2010

"vou deitar-me. encostar a cabeça à almofada, à minha mão. fazer uma covinha com a mão e encostar a cabeça. vou chorar. vou contar cada gotinha - vão ser tantas. vou chorar todas. vou juntá-las todas nessa covinha, fechar os olhos e adormecer. hoje vou chorar tudo, mas amanhã deito-as fora. as lágrimas na cova da mão que já é só minha, não tua, e que vou encostar à cara que já não vais ver chorar até novas lágrimas cairem por alguém, que não tu."

O levantamento.

estou a desenvolver um exercício físico e mental novo.
chama-se O Levantamento e requer muita força.
essa força consiste em ler livros, ver filmes, ouvir música, bloquear e eliminar coisas e pessoas más, apagar memórias e não resgatar nenhuma.
assim se descobre a força.
só depois de a obter é que se passa ao exercício em si.
consiste em pegar em toda essa energia e força para levantar todo o peso da vida.
levantar a cabeça, enquanto se seguram os halteres dos fantasmas.
manter as costas direitas, a cabeça erguida e os braços e pernas estáveis.
este exercício requer muito treino, persistência e fisioterapia.
requer amigos fortes por perto para incentivo, gelo e pomada para as feridas e nódoas negras e muito (MUITO) rock and roll na cabeça.
manter os pés no chão e deixar que a cabeça voe, sem esquecer que os braços seguram tudo aquilo que somos e trazemos connosco.
este exercício não está oficialmente reconhecido, mas quem pare no sofá para pensar consegue saber que ele existe. todos os dias.
e, para os mais conscientes, não adianta acreditar que se consegue levantar todo o peso do mundo com uma mão, enquanto a outra tenta disparar caixas que estão escondidas debaixo da cama, chutadas por um pé coxo.
não se aconselha o Levantamento a pessoas que queiram iniciá-lo empurrando a vida para baixo.