anda-se por tão pouco. apressa-se por tão pouco. perde-se tanto por tão menos ainda.
corre-se por quase nada, faz-se tudo . por nada.
vê-se pessoas a entrar, sair. uns ficam, outros estão de passagem, enganam-se no caminho e na entrada. olá boa noite. queimam-se os dedos, ocupam-se as cabeças com nomes e números, quantidades e simpatias. sorrisos e cinismos. ocupa-se a cabeça com coisas com nomes de pessoas. objectos com duas pernas e dois braços e nenhuma cabeça. deliciam-se, falam, complicam. e continua-se de um lado para o outro - as máquinas trabalham, os toques da campainha, as mesas por (com)por. uma noite inteira por tão pouco.
e a noite acaba, e as pessoinhas saem. as pessoas ficam. arruma-se tudo, fazem-se contas, fala-se alto e come-se. e fuma-se. e bebe-se. e tudo por tão quase nadas.
e é assim, a máquina pergunta "deseja fechar o dia?" - sim, claro!- e ela diz (finalmente) "o dia está fechado".
ponto.
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