quanto mais longe me mantenho das (tuas) fotografias, das (tuas) palavras, dos (teus) espaços, mais eu sei lidar com a (tua) ausência.
tenho lidado bem, sabes. não te vou dizer que estou péssima, porque já não posso deixar que me doam os espaços que ocupaste tão rápido com outra pessoa.
não te vou dizer que estou óptima, porque esses mesmos espaços não foram ocupados por ninguém. e não que o tenham que ser - cada vez mais aprecio o espaço e o vazio. o silêncio.
funciono por click's.
posso viver muito tempo iludida com algo (ou alguém), posso estar muito tempo a pensar em ses, posso estar muito tempo à espera de algo ou alguém, mas tudo acaba muito rápido com uma certeza, com uma simples palavra ou frase.
espero (mesmo) que estejas bem. que te saiba completar, (des)equilibrar, (des)orientar, sei lá. o que procurares em alguém.
que, em mim, tudo se apague ainda mais rápido e com ainda mais fulgor com que o fizeste em ti. não quero estar mais tempo presa a memórias. porque não passamos disso.
que nunca me leias, nunca me escutes, nunca me entendas. que nunca saibas do quê e de quem falo (porque, no fundo, ninguém sabe). que nunca me encontres.
mas que um dia acordes e, pelo menos uma vez, penses em mim.
se durante dias não consegui dizer nada, hoje, tudo isto, é porque, por momentos, tive saudades tuas.
ponto.
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