estúpida,
estúpida,
estúpida.
estúpida por te dizer que era o melhor.
estúpida por ter concordado que não valia a pena.
ainda mais estúpida por te ter tentado apagar antes que acabasse.
não sei porque mudo de casa de cada vez que alguém se tenta instalar nela.
não sei porque mudo de lençóis de cada vez que não durmo sozinha.
não sei porque afastei sempre tanto os corpos , mais do que as almas, se a marca do teu foi a única que ficou no meu colchão e eu não quis apagar. e era simples fazê-lo.
e ambos sabemos que nele ficou a prova de uma noite que me escreveste na pele. que a fotografaste, que a gravaste. que a apagaste.
e que estúpida,
estúpida,
estúpida
por saber que me ia doer ver as fotografias e as marcas.
por saber que ia pedir para as ver e me matar com elas.
por saber que me ia corroer a pergunta se ainda as tens ou não.
e foste tu que não pediste para as apagar, por isso mantive-as.
e foste tu que nunca disseste para me ver livre da colcha que sujaste.
e por não teres sido tu a pedir-me nada - a não ser para te deixar -, que agora se deitam nela outras faltas que vou superando. ou que simplesmente evito responder à pergunta
virgula
e seguimos com o peso no peito (se não mesmo em todo o lado).
ResponderEliminar