01/01/10

o meu ano novo

os fins são sempre deliciosos.
frios, melancólicos, repentinos.
necessários, dizem - eu concordo, eu sei, eu compreendo.
só não sei que fazer depois deles - "even an end has a start".

tira-me isto do peito.
arranca, rasga, queima.
qualquer coisa.
estes fins não são para mim.
estes fins, arrastados e sombrios, dão comigo em doida - dá tempo ao tempo.

vamos começar de novo - sim, sim, adiante.
e agora? não consigo. - claro que consegues, és forte.
eu não sei lidar com os fins. por favor, tira-me daqui. - eu tiro. agora bebe mais um copo.

e amanhã? - amanhã já não é um fim. é um início.

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