olho para trás e penso.
já passaram mais de dois anos (!!!)
já foi há mais de dois anos que me comecei a confundir no sentido de amor, de confiança, de amizade.
foi há esse tempo todo que tudo acabou. ou começou, sei lá.
às vezes pergunto-me se vocês teriam ficado se eu não o tivesse deixado.
pergunto-me se teriam continuado a gostar se eu tivesse falado de mim.
ou se teriam continuado a esconder-me a vossa ideia (falsa) de mim. ou se teriamos sido as mesmas depois de tudo.
mas já não adianta supor. aconteceu.
e agora, dois anos depois, eu olho para as centenas de fotografias nossas (das quatro) e penso no quão fomos felizes. ou do quanto já não o somos para as procurarmos para reviver essa felicidade.
agora que falas nisso,
tenho saudades de ficar pela santa terrinha (que sabem que odiava!), no café de sempre, com o Sr. António e a dona Alice e os esquecimentos de sempre, com os cafés das 21h30.
tenho saudades das fotos em qualquer lugar, de qualquer maneira, em qualquer hora.
tenho saudades dos passeios dos tristes,
da rua dos góticos (porque até isso me remete às saudades que tenho deles),
dos medos e segredos da idade,
das piadas infantis,
dos primeiros amores,
das vergonhas de ir ao café dos betos (que se tornou, dois anos depois, o único sítio de referência da saidinha de fim de semana na santa terrinha),
de nós.
sim, tenho saudades nossas.
já não tenho pena nem lamento o que aconteceu. agora (já) sei que a culpa verdadeiramente não foi minha.
mas não, disso não falas tu agora. nem voltas a falar. e eu já nem me preocupo em ter medo de dizer que a culpa foi tua. foi vossa.
não adianta. e sabes porquê?
porque
agora que falas nisso,
"nós eramos mesmo palhaças!".
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