15/07/10

o dinheiro não traz felicidade? o caralho!

parte bruta à parte,
sinto-me animada.

posso dizer que estou morta de medo por dentro de me mandar para a Alemanha durante 10 meses e querer muito partilhar isso com ele, mas prefiro focar-me na ideia de que vou sair da faculdade onde ando e afastar-me das pessoas que lá estudam e me irritam profundamente.

posso dizer que vou morrer de saudades dele e cada esquina que passe vou pensar em como estou maravilhada e vou querer contar-lhe. mas prefiro pensar que naquela esquina passarei muito frio e vai ser um desenmerda-te muito grande.

posso dizer que fico super triste de pensar que, há um ano atrás, eu ia começar a promover cartões de um centro comercial e que ele ia lá ter comigo sempre que pudesse para estarmos mais tempo juntos. e no quanto eu adorava isso e no quanto ia adorar que se repetisse. mas prefiro pensar que, um ano depois, voltaram a propor-me trabalhar lá e a ganhar seis vezes mais do que ganhei o ano passado.

podia estar a pensar no quanto me mata por dentro pensar que, com esse dinheiro, te podia estar a oferecer outra mochila gira dos iron maiden que agora sinto que está encafuada num armário qualquer, mas prefiro pensar que, com esse mesmo dinheiro, vou jantar com amigos ou simplesmente guardar para a minha viagem.

podia estar a descrever as saudades que às vezes tenho daqueles três dias na figueira, só nossos. mas prefiro pensar que nesses dias vou estar a trabalhar e ocupar a cabeça.

assim como o festival que se aproxima e eu me roo de vontade de ter companhia para ir e pensar que, há um ano, estava lá contigo.
mas que prefiro pensar que se não tiver companhia, não há problema! eu arranjo maneira de ver pelo lado positivo!

e se até agora esse foi um dos problemas (e ainda é, efectivamente), passou a ser uma quase solução para muitas coisas.
ainda só tenho é pena que não queiras fazer parte delas.
e isso é das coisas que nem o dinheiro resolve.
(nem algum dia eu pensarei que será possivel!)

1 comentário:

  1. custa sempre irmos viver para o estrangeiro e deixar a base, principalmente as pessoas que nao queremos deixar e que queremos é que venham connosco, mas acredita, por experiência propria falo (já morei um ano na hungria, e agora moro há três em barcelona) vais passar por momentos dificeis no inicio, mas depois começas a ganhar fome do mundo e a construir uma vida onde estas, no teu caso na alemanha e vais apercerber-te que aquilo que sentes agora, no futuro serao apenas memorias e experiencias passadas :)

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