lembro-me desse sonho.
de mo contares.
de ficar preocupada pelo significado dele.
de me rir contigo pelo universo aparentemente fantástico que isso aparentava.
de me rir pela distância que isso parecia ter, na altura, de agora.
não, jamais irias adormecer para sempre. certo?
jamais deixarias de olhar para baixo e nos veres juntos! certo?
e jamais desistirias de lutar por mim, certo?
nem te viravas para o outro lado e não chorarias.
não! isso nunca ia acontecer.
foi por isso que isso me ri na altura. foi por isso que nunca pensei que, tão mais tarde, isso aconteceria.
e com tudo o que se passou, não me passaria pela cabeça que falasses desse sonho.
agora que parece demasiado real.
é claro que eu estava contigo, é claro que eu te disse que gostava de ti. é claro que era a nossa cama. para mim, ainda que fosse só tua, era a nossa cama.
claro que eras tu que estavas comigo. quem mais ia ser? quem mais ia existir para mim? ninguém. ainda hoje não existe.
gostava que ainda agora te imaginasses a tocar-me, a ouvir-me e a falar-me.
não há mais ninguém.
mantenho ainda a minha bolha. mas só porque queria que te mantivesses dentro dela. mais ninguém.
ela um dia vai rebentar, sim. não porque existe outra pessoa, mas porque já não aguenta que tudo não passe de sonhos. contigo. teus.
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