um espaço que me faz lembrar muito. um corpo parecido. as marcas (quase) iguais. os cheiros muito diferentes. os toques e os sons mais ainda.
nada é teu, mas tudo me faz lembrar de ti.
disse que me ia manter calada, mas falei. disse que era um mau dia, mas ri-me.
disse que não te ia substituir, mas tapou buracos.
mas abri novas feridas, disse novas palavras e escutei novos estados de dor depois do toque.
e ouvi que hoje não há estrelas cadentes perto do mar, enquanto, em mim, as minhas caiam a pique, estoiravam e explodiam mesmo antes de atingir o meu fundo. perdiam-se antes de chegar ao chão.
hoje não encontrei um amor novo, nem substitui um antigo. hoje não brilhei nem fui ofuscada. hoje foi muito, mas tão estranhamente (quase) nada comparado contigo.
e eu tenho de parar de comparar as outras estrelas com as que fizeste brilhar (e morrer) cá dentro.
estou farta de estrelas e palavras e sons e gestos. de olhares, espaços (, vazios), toques. estou cansada de tudo o resto. de mim, até.
porque hoje podia ter havido tudo - houve tanto - , mas não houve estrelas cadentes.
as que te trazem até mim. no escuro.
ponto.
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