01/05/09

as estrelas do metro.

nunca uma viagem de metro me fez tão bem e, ao mesmo tempo, tão mal. nunca tão poucos minutos sentada à frente de três senhoras a falarem (de uma camisola) me fez tanto sentido. incrível como a conversa não tinha nada a ver com aquilo que vagueia entre os labirintos da minha cabeça, mas ecoou cá dentro. nos espaços calmos da minha música agitada e alta (ruidosa, até) eu ouvi palavras soltas.

"uma estrela.. ", "sim, faz sentido.." "achas?", "gosto mais de duas..". "Uma só dá ar de solitária.. brilha menos". "Não acho, chama mais a atenção". "oh, eu cá gostava mais se essa estrela tivesse outra por perto. até podia não ser uma estrela, porque aí sim, podiam ofuscar-se, mas qualquer coisa para equilibrar". "Achas que as estrelas têm que ser equilibradas?" "claro! Como achas que elas se mantém lá em cima? é porque algo as segura!" ...


ponto.

1 comentário:

  1. tem que haver algo que as segure. caso contrário, não haveria diferença nenhuma entre elas, e os pirilampos.
    por falar nisso, o filme é muito bonito. obrigada pelo conselho, meu anjo que eu guardo.

    o maior dos abraços em ti e no que te segura lá em cima, a brilhar. [*]

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