13/07/09

até de escrever e falar de mim estou cansada.
já não há palavras certas - se alguma vez houve - para que nelas se transpareçam os meus fantasmas.
talvez morra(m) em mim.
talvez fique(m) apertadas (n)as coisas que me tirei para te dar. que sinto que foi muito o que fiz subir e, com uma simples frase, caem. e faz tanto barulho.
e há ruínas por entres os castelos que pensava ter construído.
e tantas folhas caídas das árvores que pensava que regava. afinal havia buracos e era nesses buracos que se escondiam as águas.
pensava que as minhas águas de dentro não seriam necessárias para fazer crescer algo. agora acho que é por me ter mantido forte que as coisas morrem sem alimento.
e tu vês escuro onde eu pensava que havia sol.
e tu sentes frio quando eu pensava que suavas.
e tu matas aquilo que pensava que me estavas a ajudar a nascer.

e desmotivo,
desmotivo
desmotivo.

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